A
formação
de
professores
de
língua
portuguesa
no
Brasil
começa
a
ser
preparada
nos
últimos
anos,
através
dos
Cursos
de
Letras
instalados
em
todas
as
partes
do
país,
principalmente
no
Centro-Sul.
Com
isso,
ganha
o
futuro
mentor
da
área
de
comunicação
e
expressão
treinamento
diretamente
ligado
ao
seu
campo
profissional,
o
que
é
bom
para
si
mesmo
e
para
a
escola,
tanto
em
termos
de
desempenho
como
em
face
da
aplicação
séria
na
busca
de
objetivos
honestamente
determinados.
São
fatores
que
todos
nós
podemos
ver
e
entender,
olhando
o
assunto
com
olhos
voltados
para
os
aspectos
positivos,
quando,
teoricamente,
só
deve
haver
motivos
de
satisfação
com
atendimento
aceitável
e
suficiente
em
todos
os
graus
de
ensino.
A
verdade
geral,
objetiva
e
materializada,
porém,
é
outra.
O
que
deveria
ser
bom
deixa
de
ser.
Triste
e
lamentável
é
o
que
ocorre
na
prática,
algumas
vezes
com
sérias
conseqüências.
Por
sobrecargas
de
matérias
de
menor
ou
nenhum
interesse,
muitas
das
quais
de
puro
enfeite
ou
falso
verniz
cultural,
o
objetivo
principal
acaba
ficando
em
segundo
plano,
com
graves
prejuízos
para
a
competência
do
futuro
professor.
E,
infelizmente
vem
o
descrédito
e
legítimo
clamor
de
quem
ama
e
quer
a
pureza
da
língua-pátria.
Por
transferência
de
problemas,
na
hora
da
aplicação
ao
nível
secundário,
entre
as
falhas
do
ensino
vistas
pelo
lado
do
aluno,
apresentam-se
entre
muitas
outras
as
seguintes:
1
–
indefinição
de
objetivos
no
ensino
do
português:
2
–
insuficiente
assimilação
das
regras
ortográficas:
3
–
vestígios
de
exagerados
“purismos”
em
convivência
com
o
desleixo
da
verdade
gramatical:
4
–
excesso
de
teoria,
com
abandono
do
aspecto
prático;
5
–
não
atualização
nos
fundamentos
científicos
modernos;
6
–
valorização
unilateral
da
análise
sintática
ou
do
estudo
de
texto,
um
excluindo
o
outro;
7
–
ausência
quase
total
do
exercício
de
redação;
e
8
–
não
correção
de
trabalhos
por
parte
do
professor
(em
virtude
de
excesso
de
horas
de
trabalho
em
salas
de
aula).
Necessária
a
busca
de
urgente
solução
para
por
fim
no
mal,
se
possível
antes
que
sua
evolução
seja
incontrolável
e
definitivamente
nefasta.
E
o
que
fazer?
Motivar
e
provocar
seguro
preparo
do
professor
nos
conhecimentos
da
ciência
da
linguagem,
dando
ênfase,
com
maiores
cargas
horárias,
a
programas
específicos
de
lingüística
e
de
semântica,
isolados
em
unidades
próprias,
ou
em
participação
nos
atuais
cursos
de
língua
e
literatura.
O
professor
de
português,
responsável
principal
pela
organização
da
capacidade
de
pensar
e
de
entender
do
aluno,
já
não
pode
ser
mais
apenas
o
curioso,
o
entusiasta
ou
o
apaixonado,
como
também
não
pode
ser
apenas
o
mero
cumpridor
de
horários,
tendo
na
escola
um
simples
e
obrigatório
ganha-pão.
O
novo
professor,
o
dos
tempos
atuais
de
ensino
de
massa
–
pois
ninguém
pode
ficar
fora
da
escola
-
deve
ter,
acima
de
tudo,
formação
científica,
consciente
e
bastante
firme
para
contribuir
com
eficiência
em
todas
as
camadas
e
níveis
de
ensino.
O
professor
de
português
é,
na
verdade,
um
carro-chefe
a
conduzir
o
aluno,
preparando-o
para
a
adequação
à
aprendizagem
de
todos
os
demais
ramos
do
conhecimento.
É
claro
que,
sem
saber
pensar,
ouvir,
ler,
falar
e
escrever
–
tarefas
que
só
o
professor
de
comunicação
pode
ensinar
–
o
jovem
será
sempre
um
deficiente,
quando
não
um
covarde
diante
dos
menores
obstáculos
ou
problemas
que
lhe
sejam
propostos
pela
escola
ou
pela
vida.
Assim,
para
que
o
aluno
seja
capaz
de
adquirir
habilidades
no
ato
de
pensar
(desenvolvimento
e
organização
mental),
no
entender
(saber
ouvir
e
saber
ler)
no
exprimir-se
(saber
falar
e
escrever
com
fluência,
rapidez
e
adequação),
necessário
é
que
tenha
uma
aprendizagem
bem
dosada,
firme
e
constante
em
todos
os
seus
dias
de
aula,
em
todas
as
séries
e
graus.
Para
isso,
é
preciso
que
seu
professor
de
português
seja
hábil
manejador
do
instrumental
didático
e,
sobretudo,
tenha
indiscutível
formação
lingüística.
Ninguém
ama
o
que
não
conhece
nem
pode
ensinar
o
que
não
sabe.