Wanderlino
Arruda
Do
ponto
de
vista
material,
é
a
morte
a
maior
de
todas
as
certezas.
Talvez
o
único
ponto
de
afirmação
que
ninguém
tem
direito
de
duvidar,
pois,
afinal,
todos
nós
morreremos
um
dia,
cedo
ou
tarde.
Quando,
onde,
como,
por
isso
ou
por
aquilo
só
o
futuro
dirá.
A
escolha
muito
indireta
ficará
por
conta
de
cada
um,
conforme
a
vida
que
leva,
os
vícios
que
carrega,
os
perigos
que
enfrenta,
a
idade,
os
hábitos,
a
hereditariedade,
as
doenças
contraídas,
etc.
O
natural
é
que
em
determinada
hora
a
nossa
vida
terá
um
fim,
uma
passagem
para
outro
estado,
uma
transformação,
uma
mudança
do
material
para
o
espiritual.
A
lenda
do
judeu
errante,
aquele
que
vivia,
vivia,
andava,
andava,
e
não
morria
nunca,
não
passa
de
lenda,
simples
estória.
Até
a
personagem
bíblica
que
mais
viveu
–
Matusalém
–
teve
o
seu
final,
deixando
o
corpo
físico
ao
pó
da
terra,
num
tempo
que
parece
ainda
não
havia
cremação.
Ainda
não
existiu
no
planeta
alguém
isento
do
fenômeno
de
desencarne.
Um
dia
o
espírito
se
libertará;
voltando
ao
Mundo
Maior,
de
onde
veio,
e
de
onde
de
novo
sairá
para
novas
experiências;
assim,
é
a
lei.
O
caminho
é
a
evolução;
um
eterno
buscar
de
luz;
um
aperfeiçoar-se
continuamente
em
direção
ao
Mais
Alto.
A
semelhança
da
criatura
humana
com
Deus
está
nessa
força
inteligente,
nessa
iluminação
interior.
De
nada
adianta
termos
medo
da
morte,
já
que
ela
é
inevitável
e
iguala
todas
as
pessoas;
nivelando
ricos
e
pobres,
humildes
e
orgulhosos,
jamais
escolhendo
ou
discriminando.
Podemos
até
dizer
que
é
social.
Por
outro
lado,
também
os
que
não
têm
medo,
os
que
a
enfrentam
com
denodo
ou
desprezo,
estes
até
morrem
mais
depressa,
pois
acabam
buscando-a,
quando
menos
esperam.
Assim,
uns
morrem
envoltos
em
tristezas,
outros
no
centro
de
sensações
de
aventura,
muitas
vezes
embriagados
pelo
brilho
do
mundo,
pelos
aplausos
das
arquibancadas
da
vida.
Para
os
que
vivem
os
postulados
espíritas,
a
morte
é
apenas
uma
passagem,
um
novo
percurso,
uma
mudança
de
dimensão.
O
início
e
centro
da
vida
é
o
espírito,
centelha
de
luz
criada
pelo
Pai,
eterna,
definitiva,
em
ascensão
constante
pelo
canal
das
sucessivas
existências,
sucessivas
experiências.
O
corpo
físico
nada
mais
é
do
que
uma
vestimenta
passageira,
que
cederá
lugar
a
outra
da
mesma
espécie,
diferente
apenas
no
necessário
para
cumprimento
das
jornadas
vivenciais.
Daí
a
religião
ser
o
constante
reencontro,
uma
demorada
busca
do
religare
criatura-Criador,
sempre
juntos
na
eterna
jornada.
Instituto
Histórico
e
Geográfico
de
Montes
Claros