A
força do
hábito,
que se transforma
em rito, o dever,
passatempo ou
prazer; melhor
conhecimento e
compreensão
da atualidade;
satisfação
ou interesse pessoal
imediato; atendimento
às necessidades
práticas
da vida; satisfação
de uma necessidade
de distração,
etc, etc. são
os motivos que
o livro “Os Caminhos
da Leitura”, de
Ralph C. Staiger,
publicado pela
Unesco, em 1979,
indicam para alguém
mergulhar-se ou
apenas sobrenadar
no atraente ou
cansativo exercício
de ler ou estudar.
São também
encaminhadores
da leitura no
trabalho profissional
e a necessidade
de progredir nele;
atendimento a
exigência
do meio social;
progresso pessoal
e melhoria do
patrimônio
cultural; satisfação
de exigência
intelectual e
necessidade espiritual,
ainda conforme
o mesmo autor.
São múltiplas,
então,
as causas da leitura
ou as causas que
respondem por
sua necessidade
no mundo moderno.
Há causas
práticas
ou de interesses
imediatos, assim
com há
causas nobres,
profissionais
ou intelectuais,
esta última
ocupando o primeiro
plano. “O que
não se
aceita”, segundo
o professor Leodegário
A. de Azevedo
Filho, é
a não leitura
pelo homem moderno,
que deve sempre
estar informado
culturalmente
sobre o próprio
contexto histórico
em que vive. Ler
é uma obrigação
ou é um
hábito,
é um trabalho
ou é um
divertimento.
Seja o que seja,
é sempre
uma forma de aproveitar
o tempo, nunca
de perdê-lo.
Ninguém
pode ser alguma
reflexão
crítica,
digo viver bem,
integrado num
processo de conseqüência,
de participação
nos acontecimentos
do mundo. Ninguém,
de espírito
em posição
vertical, poderá
ficar ausente
do livro ou de
uma boa leitura.
A verdadeira cultura
exige o texto
impresso, leitura
de peso, de fôlego,
linear, questionadora,
de profundidade,
muito mais do
que o rádio
e a televisão
ou as discussões
de esquinas podem
oferecer. Só
o livro, no dizer
do velho filósofo
Maciel do Rego,
de Taiobeiras,
atende ao sentido
completo da cultura.
“Jornal ou revista”
– diz ele – “Têm
respiração
curta, ocupam
quando muito os
minutos, nunca
dias inteiros
como os livros,
companheiros,
às vezes,
da eternidade
do nosso pensamento”.
Um bom livro é
amigo para todos
os períodos
da vida, a força
do conhecimento.
Diz o professor
Leodegário
Azevedo Filho
que o poder mais
poderosos é
mesmo o da leitura,
sobretudo porque
não é
transitório
ou eventual como
o poder da política
ou o poder econômico.
Passam governos,
passam comandantes,
passam tecnocratas,
passam ricos argentários,
mas, a cultura
nunca passa. Ela
é uma soma
constante na história
do Mundo, acrescida
de camadas como
um enfeitado bolo
de aniversário.
Nunca se dirá
que alguém
que foi culto
deixou de ser,
exatamente porque
a cultura não
é um bem
que se perde como
o dinheiro ou
o mando, a legítima
ou a falsa autoridade.
Além disso,
o progresso intelectual
exige sempre atualização,
permanência
em todos os períodos
da vida. Para
uma pessoa de
cultura, deixar
de ler é
tão grave
como deixar de
alimentar-se,
é a própria
condição
humana.
É importante
por isso, a formação
de hábitos
sadios de leitura
e de aprendizagem,
de acréscimo
e de retenção
do que se aprende,
a transferência
do aprendido para
todos os campos
de atividade,
sejam as da sobrevivência,
sejam as dos simples
prazer de viver
bem dentro da
harmonia espiritual.
Ler é,
antes de tudo
uma obrigação.
Escrever se possível...